O Quartzito Leblon, cujo nome remete à famosa praia do Rio de Janeiro, também possui a sua formação diretamente ligada ao mar e suas variações de nível no litoral brasileiro.
Por volta de 1.6 bilhões de anos atrás, o aumento da temperatura média do planeta promoveu uma expansão térmica dos oceanos, ocasionando o derretimento de geleiras e consequentemente o aumento do volume e elevação do nível mar. Esse avanço da linha da costa em direção ao continente fez com que a água atingisse superfícies que antes não sofriam interferência marinha, passando a erodir as rochas pré-existentes e depositando novos sedimentos.
Havia também a contribuição de seixos coloridos, de tamanhos maiores, carregados por rios efêmeros (temporários) originados do escoamento de águas das chuvas das constantes tempestades do período. Portanto, mares e rios contribuíram para a estruturação das formas hoje encontradas nos quartzitos Leblon, e o baixo nível de metamorfismo que essas rochas sofreram colaborou para a sua preservação.